Aguarde, carregando...

Notícias Abril - 2025

Carne suína do Paraná entra no mercado chileno após selo de qualidade internacional!

Chile abre portas para carne suína do Paraná e fortalece laços com o agronegócio brasileiro

O Chile autorizou oficialmente a importação de carne suína produzida no Paraná, após reconhecer o estado brasileiro como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A decisão representa um marco para a suinocultura paranaense, que há anos busca acesso ao mercado chileno, e foi antecipada pelo ministro da Agricultura chileno, Esteban Valenzuela, às vésperas da visita do presidente Gabriel Boric ao Brasil.

“Reconhecemos que o Paraná está livre de febre aftosa e, portanto, poderemos receber carnes deste estado muito importante do sul do Brasil”, afirmou Valenzuela nas redes sociais, destacando que a medida visa reforçar as relações comerciais bilaterais no setor agropecuário.

Exportações de carne suína do Paraná ganham novo impulso
Com a liberação, o Paraná poderá ampliar significativamente sua participação nas exportações de carne suína in natura e processada, agregando valor à cadeia produtiva local e consolidando sua presença no comércio internacional. Em 2024, o estado já ocupava a terceira posição entre os maiores exportadores brasileiros do setor, com 185,5 mil toneladas embarcadas, atrás apenas de Santa Catarina (730,7 mil toneladas) e Rio Grande do Sul (289,9 mil toneladas), de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Ainda segundo a entidade, o Brasil exportou no total 1,352 milhão de toneladas de carne suína em 2023, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior, gerando receita de US$ 3,03 bilhões. A entrada no mercado chileno, conhecido por suas exigências sanitárias rigorosas, representa um importante selo de qualidade para a carne suína do Paraná.

Reconhecimento atende demanda histórica dos frigoríficos paranaenses
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, Luis Rua, o reconhecimento por parte do Chile atende a um pleito antigo dos frigoríficos do estado.

“Este é um pleito muito antigo do Paraná, que agora se concretiza. Logo, logo, as empresas paranaenses deverão estar exportando carne suína para o Chile. É um anúncio muito importante para o agronegócio brasileiro”, destacou Rua.

O reconhecimento internacional de áreas livres de febre aftosa sem vacinação tem sido um dos principais fatores para a expansão da presença brasileira no mercado global de carnes. Além do Paraná, outros estados e regiões brasileiras já detêm esse status, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso, conforme a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa).

Brasil abre mercado para mel chileno em contrapartida
Como parte do avanço nas negociações bilaterais, o Brasil também decidiu abrir seu mercado para a importação de mel chileno. A medida foi celebrada por Esteban Valenzuela como um passo importante para o fortalecimento do setor apícola do Chile.

“Há uma grande notícia para nosso setor apícola. O Brasil decidiu autorizar o ingresso de nossas exportações de mel”, afirmou o ministro chileno.

O papel da febre aftosa na expansão dos mercados
O reconhecimento do Paraná como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Omsa ocorreu em 2021 e foi considerado um divisor de águas para o agronegócio paranaense. Na época, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) destacou que a conquista colocava o estado em um novo patamar, permitindo o acesso a mercados que pagam mais por produtos com alto padrão sanitário.

Mais recentemente, em maio de 2024, o governo brasileiro anunciou que todo o rebanho nacional está livre da febre aftosa, após o fim da última campanha de vacinação. Essa autodeclaração é uma etapa importante para que a Omsa reconheça oficialmente o restante do território brasileiro como livre da doença sem vacinação, o que abriria portas para novos mercados internacionais.

Perspectivas para o agronegócio brasileiro
A entrada da carne suína do Paraná no mercado chileno simboliza mais do que uma conquista regional. É um indicativo da crescente competitividade do agronegócio brasileiro, sustentado por melhorias nos padrões sanitários e pelo fortalecimento das relações comerciais com países estratégicos.

À medida que mais estados buscam o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, o Brasil caminha para se consolidar como um dos principais fornecedores globais de proteína animal de alta qualidade, com potencial para conquistar novos mercados e diversificar suas exportações agropecuárias.

Notícias relacionadas

Compartilhe esse Artigo



Bem-vindo(a)


Entrar

Cadastrar-se

Ajuda e suporte

Privacidades