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Com embarques aquecidos, Brasil mantém liderança global nas exportações de soja e farelo, segundo dados da Anec

As exportações brasileiras de soja em grão devem registrar um crescimento de 7,5% em abril de 2025, totalizando 14,471 milhões de toneladas embarcadas para o mercado externo. No mesmo período do ano passado, o Brasil exportou 13,452 milhões de toneladas da oleaginosa. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que acompanha semanalmente o desempenho das vendas externas do agronegócio brasileiro.

Esse aumento expressivo nas exportações de soja reflete o fortalecimento do Brasil como maior exportador global da commodity, impulsionado por uma demanda externa aquecida, especialmente de países asiáticos como China, além de compradores europeus e do Oriente Médio.

Volume acumulado no ano ultrapassa 41 milhões de toneladas

De acordo com a Anec, no acumulado de janeiro até a segunda quinzena de abril, o Brasil já exportou cerca de 41,046 milhões de toneladas de soja em grão, um volume significativo que reforça a relevância do setor no saldo da balança comercial brasileira e na economia do agronegócio nacional.

Esse desempenho é resultado da combinação de fatores como safra robusta, logística portuária eficiente e condições climáticas favoráveis nas regiões produtoras do Centro-Oeste e Sudeste, principais polos agrícolas do país.

Embarques semanais seguem firmes

Na semana compreendida entre os dias 6 e 12 de abril, foram embarcadas 3,512 milhões de toneladas de soja, segundo o relatório da Anec. Para a semana seguinte, de 13 a 19 de abril, a previsão é ainda mais otimista, com 4,181 milhões de toneladas previstas para serem remetidas ao exterior. Esses números indicam que o ritmo de exportações segue firme, com alta capacidade de escoamento nos portos brasileiros.

Além disso, o bom desempenho dos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR), Itaqui (MA) e outros pontos estratégicos da costa brasileira tem sido fundamental para garantir o cumprimento dos cronogramas de embarques, especialmente em um cenário global que exige agilidade e competitividade.

Exportações de farelo de soja também avançam

O farelo de soja, um subproduto da oleaginosa amplamente utilizado na nutrição animal e indústria alimentícia, também apresentou alta nas exportações em abril. A previsão da Anec é de que o Brasil embarque 2,384 milhões de toneladas de farelo de soja até o fim do mês, o que representa um crescimento em relação às 2,097 milhões de toneladas exportadas em abril de 2024.

Na semana de 6 a 12 de abril, o país já havia exportado 351,078 mil toneladas de farelo. Para a semana de 13 a 19 de abril, os embarques devem saltar para 669,511 mil toneladas, demonstrando forte demanda internacional pelo produto.

No acumulado de 2025 até agora, os embarques de farelo de soja já somam 7,699 milhões de toneladas, consolidando o Brasil também como um dos principais fornecedores globais deste derivado.

Expectativas positivas para o restante do ano

Com o avanço das exportações de soja e farelo, o setor agroexportador brasileiro projeta números ainda mais positivos para os próximos meses. A manutenção da demanda externa, aliada à expectativa de nova safra recorde, deve impulsionar ainda mais os volumes embarcados e manter o Brasil na liderança do mercado internacional da soja.

Além disso, a valorização do dólar frente ao real e os acordos comerciais firmados com países da Ásia e Europa tendem a favorecer ainda mais a competitividade do produto brasileiro no exterior.