Agronegócio bate recorde e movimenta US$ 15,6 bilhões em março.
As exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 15,6 bilhões em março de 2025, representando 53,6% das vendas externas totais do país no mês. O valor é o segundo maior já registrado para um mês de março desde o início da série histórica e representa um crescimento de 12,5% em comparação ao mesmo período de 2024. O desempenho positivo reforça a relevância do setor para a economia nacional e internacional, consolidando o Brasil como uma potência no comércio mundial de alimentos e commodities.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o crescimento nas exportações do agronegócio foi impulsionado principalmente pelo aumento no volume embarcado, que subiu 10,2%. Além disso, os preços médios dos produtos exportados apresentaram alta de 2,1%, contribuindo para o expressivo avanço da receita.
Soja, café e carnes lideram a pauta exportadora
Entre os produtos que mais contribuíram para o bom desempenho do setor, destaca-se a soja em grãos, com receita de US$ 5,7 bilhões, registrando alta de 7% em relação ao ano anterior. O café verde teve um crescimento impressionante de 92,7%, alcançando US$ 1,4 bilhão em exportações. Já a carne bovina in natura somou US$ 1,1 bilhão, com aumento de 40,1%. A celulose também se destacou, com US$ 988 milhões (+25,4%), enquanto a carne de frango in natura teve receita de US$ 772,3 milhões, crescendo 9,6%.
Produtos de maior valor agregado e com potencial de crescimento, como gelatinas, café solúvel, óleo essencial de laranja, pimenta-do-reino e rações para animais domésticos, também bateram recordes de exportação. Esses itens vêm ganhando espaço em mercados estratégicos da Ásia, Europa e América do Norte, evidenciando uma diversificação da pauta exportadora e o sucesso da estratégia de valorização de nichos comerciais.
Primeiro trimestre registra recorde histórico
No acumulado do primeiro trimestre de 2025, as exportações do agronegócio somaram US$ 37,8 bilhões, o maior valor já registrado para o período, com crescimento de 2,1% em relação ao mesmo intervalo de 2024. O superávit da balança comercial do setor atingiu US$ 32,6 bilhões, reforçando a importância do agronegócio para o equilíbrio das contas externas do Brasil.
“O agronegócio brasileiro tem se consolidado como um dos principais motores da economia nacional”, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. “Esses números confirmam que estamos promovendo o crescimento do agro com responsabilidade, sustentabilidade e com os olhos voltados para novos mercados e oportunidades para produtos com maior valor agregado.”
China, União Europeia e EUA lideram as importações
Os principais destinos das exportações do agronegócio brasileiro continuam sendo a China, a União Europeia e os Estados Unidos, que juntos concentraram mais da metade das vendas externas do setor. No entanto, o destaque do período foi o crescimento expressivo das exportações para outros mercados asiáticos, como Vietnã, Turquia, Bangladesh e Indonésia, que aumentaram significativamente as compras de produtos como soja, algodão, celulose e carnes.
“O fortalecimento do agronegócio brasileiro no exterior, em um contexto de crescentes tensões comerciais e foco na segurança alimentar global, é um reflexo direto do nosso esforço conjunto”, afirmou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luís Rua. “A ampliação da presença em mercados de nicho, por meio de produtos de maior valor agregado, reflete uma estratégia comercial que valoriza a escuta ativa das demandas dos setores produtivos. Ao oferecer alimentos com sanidade, qualidade e competitividade, o Brasil se consolida como parceiro confiável.”
Perspectivas para 2025 seguem positivas
Com um cenário internacional cada vez mais exigente em relação à sustentabilidade, rastreabilidade e segurança alimentar, o agronegócio brasileiro demonstra capacidade de adaptação e inovação. O governo federal segue investindo em ações de promoção comercial, abertura de novos mercados e valorização de produtos diferenciados, ampliando as oportunidades para os produtores brasileiros.
As expectativas para os próximos meses permanecem otimistas, com tendência de manutenção do ritmo de crescimento das exportações, especialmente com a continuidade da demanda aquecida por alimentos e commodities agrícolas.